Eu posso tentar manipular a dor que entra dentro de mim,
Mas a dor que consome minha alma, me atrai para a escuridão, tirando a minha força.
Eu tenho um santuário cheio de trevas, e isso não faz de mim somente sombra.
Não pude partir ao meio aquela memória antiga, porque eu matei o que queria me matar,
Quando eu entreguei o meu destino nas mãos de uma vida cheia de certezas.
Sei que ando desconfortável com tantas coisas, e tentar assoprar estas pequenas coisas,
Tem feito com que, eu seja pateticamente cheia de tormentos e de fúria contida.
O choque entre todas as coisas que eu acreditei um dia, agora começam a explodir.
Ninguém pode chegar perto da minha dor, e eu começo a destruir os muros que escondem minha gentil presença no mundo.
Por muitos anos eu tento dar significados para coisas que já estão mortas, por isso não consigo enterra –lãs de vez, eu começo a tragar minhas próprias indecisões, e isso é doloroso demais.
Eu ouvi uma voz louca, gritando que precisava sair, e eu abri todas as portas da minha imaginação.
Tudo isso está voltando, e eu começo a sentir aquele antigo inverno aproximar-se de meu corpo, os cala – frios estão cada vez mais freqüentes, e eu vou matar minha vida novamente para tentar um re- começo sem final trágico, pois estou presa na minha própria comédia.
Agora eu não tenho medo, porque os antigos abrigos estão cheios de malas, e quando eu abro cada uma delas, eu revelo por onde eu andei passando com minha esperança sem bondade.
Porque eu vou sangrar e isso não será suficiente para me manter desperta dos sonhos que eu nunca pude esquecer que existiram...
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