terça-feira, 8 de janeiro de 2008

O CANTEIRO SELVAGEM

O que acontece com o mundo, neste meu canteiro selvagem?
O que acontece comigo dentro do mundo?
Este meu deslocar entre uma canção e outra.
A vertigem ambiciosa que toma minha fronte,
Fazendo com que eu fique dispersa por horas.
O sentir saudades que me faz sentir vontade de viajar para dentro de ti.
Desenhando e modelando novas visões do que é estar desejando desejar todos os dias.
Sem medo, que o agora não seja nunca a distância entre eu e o paraíso.
Que eu conceba mais do que minha alma possa produzir, sem me preocupar com meus excessos dramáticos na sutileza do ser amante.
Vou propagando a passos curtos a minha dignidade, a palhaça se debruça para raciocinar e assoprar para longe de vez as lágrimas que queimam sua face de menina cicatriz.
Não é preciso entendimento rápido, tenho paciência e não lamento que o tempo passe com tanta velocidade perante meus olhos.
Prendo e solto com fidelidade a paixão que reina em meus dias de tempestade.
Os canteiros virgens agora estão floridos e umidos pela chuva que banha de alegria seu solo fértil.

As margaridas prostitutas agora estão libertas para ter sua vida de volta.
Com a leve sensação de que nunca foram usadas por ninguém...

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