quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

E EU?

CARLOS DRUMMOND, LAMENTOU:

Como a vida muda.
Como a vida é muda.
Como a vida é nuda.
Como a vida é nada.
Como a vida é tudo.
...
Como a vida é senha
de outra vida nova
...
Como a vida é forte
em suas algemas.
...
Como a vida é bela
...
Como a vida vale
mais que a própria vida
sempre renascida.

E EU...

As vezes eu me pergunto em silêncio: O homem carrega sua história , ou a história carrega o homem?

Tudo em mim agora está fluindo... renovo todas as coisas que nascem dentro de mim com a sabedoria de uma velha.

Ah, quanta glória, pouco entendimento de certezas, quanta vida, desfragmentando as passagens nuas. Visto a roupa de domingo para ver a semana toda passar em ritmo de festa!

Quando a festa acabar, limpo tudo com cautela, assoprando as velas que ainda persistem em ascender.

Tudo no mundo fala, as idéias se intercalam... A poesia nasce aonde a escuridão tenta reinar quando solicita esperança para buscar a vaidade nas palavras mortas.

Não quero uma vida repetitiva, quero um fenômeno divino para que as coisas que acredito abram caminhos pelos quais eu possa atravessar uma vida sem esquecer que eu estou

sempre a procura da virtude em ser sem sofrer o que não temo sentir que seja ter o poder de ser quem eu sempre quero ser.

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