Eu me envolvo com a dor...
E esta ferida está na minha face.
Eu estou quebrando os ossos, e minhas feriadas estão abertas.
E eu nao estou surpresa.
Os antigos anos estão sendo esquecidos e tudo que consigo trazer de volta e a falta.
A cura não está aqui fora, e tudo dentro de mim está explodindo.
Estou tentando quebrar uma vontade que já nasceu comigo e que só precisa ser moldada.
Se eu choro é porque não consigo mais lidar com o que está acontecendo comigo.
Estou dando adeus a um velha amante, a minha dor e ela quer arrancar de mim tudo que ela plantou e isso vai perfurando minha existência.
Por mais que eu tente não ganhar pontos, eu tenho sempre que me envolver com minhas rachaduras.
Esquecer o que foi esquecido é sempre como abrir um buraco aonde tudo parecia restaurado.
E não posso mentir, eu vou estar sozinha, como sempre fui, pois, somente eu sei a minha intensidade quando digo que estou sendo aberta pelo incidente do sensível.
Agora, lá fora a chuva, em meu rosto o que sobrou da minha humanidade, o meu descontentamento, as circunstancias estão a mostra e eu não posso mais ignora-las.
Não tenho abrigo, a minha sobreidade foi rompida, e eu estou rastejando de joelhos, querendo que tudo volte ao normal.
Porque eu canto, escrevo, componho uma sinfonia, mas nada ainda pode estar em plena ordem.
Eu insisto, construindo e descontruindo tudo em mim.
Minhas incertezas fazem com que eu me esqueça de que, ainda não posso voltar a vida.
Estou respirando através de um pulmão que não quer receber o ar verdadeira da minha felicidade.
E tudo isso é ácido, triste, amargo e ardido...
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