A vida é mar... aberto.
Estas aberturas largas causam em mim rachaduras.
É tão difícil me curar destas dores, imprevistos que dilaceram meus pensamentos.
Pensamentos que surgem nos momentos em que não me re-invento.
Inverso do pressentimento, tudo é sempre dúvida.
Uma essência ingênua, pura, sofrida e árdua.
Mas vive, sobrevive entre os escombros do presente.
Resistente, neste sentido eu realmente ando tão ausente.
Infelizmente, existe um lado da minha alma que não me sente.
Cada olhar que lanço para o infinito são dois acidentes que me recolhem do acaso.
Descarto o destino, ensino o tempo prodígio a ser um bom menino.
Carrego comigo a incerteza, vejo o tecido sendo preparado pelas linhas da persistência.
Não é tão fácil viver nesta imanência sem pensar na resistência que esqueci na minha essência.
Demência, talvez um pitado de ignorância ainda me sobre.
Sobe os degraus da minha sala de estar,
Ali se encontra, ali vou ficar.
A espreita do que está por ser sentido, o dito do universo, a fala de um ser sagrado.
Aqui, tenho visões, ruídos me cercam, acenam para o fundo da minha imaturidade.
Que saudade daquela idade aonde eu podia viver de uma falsa liberdade.
Intensidade, na verdade eu queria viver um pouco mais esta suavidade que sobrevoa a sociedade.
Não vivo em vão, eu encontro todas as gravuras que escondi,
Em algum lugar em mim.
Este lugar que não é oco, que também deixa de gemer quando penso sempre em desistir.
Existir, eu sempre soube que não era fácil,
Ser ágil e pratica não me serve.
E aprendi que tudo que vive aqui agora é o que me despede de quem eu estava sendo no outro instante em que me perdi...
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