Meu corpo não compreende mais a minha alma.
A vida tem sido incomunicável estes tempos, eu não sei por onde estou andando agora.
Não sei como acalmar minha voracidade, minha viagem parece maligna.
Porque eu adormeci, e estou correndo dentro de um túnel.
De vem em quando eu ouço um ruído, vozes murmurando a minha ausência.
Estou deitada aonde o tempo passa muito rápido e as pedras voam para dentro do universo.
Venho tentando traduzir um palhaço assanhado que vive tentando comer minhas úlceras.
Eu ouço relinchos dos deuses, as piadas internas do passado, eu ando comendo grama do jardim do inimigo.
Tenho que levantar e bater palmas para o minha nova aprendiz, a minha Vivi que quer nascer.
Eu quero parto normal, quero parir o novo, mesmo que eu tenha de suportar uma dor terrível, eu preciso expelir este hóspede maldito.
Entro no meio de tanta gente e tanta gente anda por onde eu não consigo caminhar.
Eles tem passos longos e eu ando me arrastando diante dos antigas vizinhas assombradas.
Sou dona de que? Dona de quem?
A vida é minha dona.
Não quero viciar em nada que não seja nela.
Até hoje foi natural eu atravessar noites em claro pensando na vontade de renascer pela manhã,
Só que desta vez, não estou conseguindo acordar.
Vou tentar destruir a torre, e não as pressas, vou usar minhas presas para derrotar aquela fera antiga e voltar a vida pulsante...
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