Uma corrida louca contra o tempo...
Se é que posso dizer que eu tenho corrido!
Minhas asas andam pesadas de mais, e os fardos são bagagens desnecessárias,
Rabisco uma virtude, penduro um quadro meu no mundo.
O mundo anda obscuro, e o tom da escuridão é poético, singelo e cúmplice da minha existência.
Punir, agir, reagir, coagir, resistir!
Simplesmente o que resta é o que me falta, a falta de comunicação.
Ao invés de trocar o sonho pela realidade, troco a irritabilidade pela sensualidade da vida que transmite suas ondas loucas que passam para dentro do meu ventre.
Eu estou enlouquecendo, pulando da torre, abraçando a fera, iludindo os sentidos, vivo caminhando aonde os atritos tem sido desnecessários.
Existe um facho de luz, uma iluminaria linda, grudada na parede do abismo.
Luzes vermelhas, roxas, verdes, fazendo o caminho da descida até o “fundo” ficar mais intrigante.
O mistério do outro que, anda calado a meu lado, aquele feroz cão que guarda a ponte que leva ao paraíso das luzes está dormindo...
Eu vejo dragões brigando no céu, vejo fogo por todos os lados, eu vejo cavalos alados cansados de vigiar minha alma por toda a noite.
Jogo a tocha para longe, bem distante...
Não preciso mais deste fogo, o Hierofante conversou comigo, falou da minha caminhada, eu só tenho de seguir em frente.
Sei que irei lutar com monstros e comigo mesma, e já não me importo, APENAS tenho de estar preparada!
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