quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Hoje, lendo um artigo do Soren Kierkegaard, sobre fenomenologia, no qual ele confronta a filosofia contemporânea de perder muito tempo com as “essências”, bem e mau, pensei: Que diabos fazemos todos os dias?
Eu mesma, vivo rodeada pelos críticos que anulam o fato de que eu pense a partir da percepção...
Não me prendo apenas a bons livros, e nem mesmo a ideais antigos, tenho em mim a vontade supra de evoluir sempre, transcender. É difícil conviver no mundo, percebendo as coisas com uma “mágica” , que para outros, compreendida como “perda de tempo”. Modernidade, cof cof!!!! estamos em meio a um grande caos isso sim...é sério gente, eu consigo até imaginar os pilares da humanidade em ruína.. (CHEGA)! As pessoas já estão acostumadas com violência e banalização do sexo, e aonde vamos parar com tudo isso?(Gente filha da puta)...Parar nada, não para, continua, o movimento é circular, a linha reta está distorcida, as vertentes da verdade, fecham suas ramificações para os apelos moralistas e são destruídas por idéias masoquistas do que é vida. Viu só, acabei de usar um artigo erótico para falar do mundo ideal!!(CARACA)!
Existir, não é complicado, (bom penso eu que não) esta minha procura pela “essência” do que vive e o que vivido, é que me satisfaz que articula meus pensamentos para longe do abismo. Sei que são tão poucos que compreendem o fato de que, estamos vivos e não é só isso. Não consigo simplesmente colocar uma venda e dizer que estou feliz sendo apenas quem sou perante a sociedade, (ou será que a cega sou eu?) quero dizer, eu sou moderna e me encaixo nos estigmas sociais( ecati). Essa é uma verdade pela qual nunca lutarei, e não vou fingir que posso andar por um patamar condicionado por antigos regimes falhos do que é existir.
O que dói ver, é que, ( e que dor viu) as pessoas cada vez mais estão insensíveis, ou talvez seja eu, nem com a fé elas tem contato íntimo, o Deus, agora é a Ciência, e a Ciência é o que move o ser humano a acreditar que ele apenas é um pedaço de carne lançado em um globo gigantesco chamado mundo.
São tantas diferenças, ninguém precisa ser especial, basta somente estar sendo alguém...( é pedir muito?) e conseguir a partir disso, aprender a respeitar o outro sendo parte de si mesmo. Será que é tão difícil? Depois de séculos ainda vivemos os mesmos dilemas, problemas, críticas tão ultrapassadas, que ainda está enraizado nas estrelas o tanto que corremos sem sair do lugar ( desculpem não consegui segurar o ilusório). Não quero que o que eu penso, seja verdade única, (Deus me livre!!!) talvez porque somente sirva para mim mesma, mas gostaria que as pessoas tivessem contato com tudo, sem limites, porque, a partir do momento que conhecemos outros horizontes, podemos enxergar e compreender que podemos estar em vários lugares ao mesmo tempo, através das memórias e vivencias que construímos em nossa historia. É o espírito, a confraternização de idéias, porque isso parece tão bom para mim e tão ruim para os outros? Talvez a minha fala ainda seja incompetente, a ponto de muitas pessoas, nem ao menos prestarem atenção no que é tão importante para que eu carregue essa minha história com orgulho no peito.
Confesso, sou cheia de sonhos, talvez uma lunática, quem sabe, não quero ser normal, e aceito a condição, de pensar sobre as coisas que conheço no mundo, com muita fantasia e espiritualidade. Não me separo do mundo por isso, mas estou aprendendo a calar, e ouvir o que eles têm a dizer, mesmo quando, meus lábios coçam para dizer como é minha visão perante as situações. O que eu não compreendo é que, eu posso ficar por horas conversando com qualquer tipo de pessoa, a fim de ter contato com um novo horizonte, sendo pobre, rico, louco, fiel ou não a pátria, isso nunca me importou, sempre estive disponível para qualquer tipo de “ser”, mas quando eu me proponho a contar um pouco do que eu “sinto”, não o que sei, não sei de nada, as pessoas simplesmente agarram minha fala e logo após, soltam as mesmas no mundo. Eu vivo menos porque me preocupo com o que é vida? Se for assim, tudo bem, eu vivo bem com as coisas que me fazem crescer, e através deste meu crescimento, aprendo a lidar com as coisas do mundo e as pessoas com humildade e muita sabedoria. Encontrei pessoas que compreendem minha visão, elas nem precisam gostar, mas respeitam, são poucos, para ser sincera, quatro pessoas, sim, e eu conheço bem mais de 20.... IRONIA!
Esse não é um texto “rebelde”, apenas instigo minha paixão pela escrita através das encrencas existenciais que me cercam.
Enquanto isso na terra dos portugueses:
Dançamos funk, com letras baixas ( só putaria), rebolando até o chão, enquanto nossa economia afunda, os políticos são feitos em fábricas, ( Que vergonha não sei votar) 82% da população não tem saneamento, ( 82% AH NÃO) e vamos vivendo, a margem cada vez mais podre e invadindo as colunas sociais... Quem fica para ver o desfecho desta baderna? (Eu? Está brincando), quem quiser lutar, boa sorte, eu amo tanto meu país que não quero ver ele desta forma, logo tudo vendido, pessoas prostituídas pelo poder aquisitivo( Falso é claro) e ai? (Que isso!!!) é fim... ( o pensamento fascista reina)... agora só me resta rezar...(Ave maria...cheia de graça...lá lá)

“Ta rebocado meu cumpadre, como os donos do mundo piraram...eles já são carrascos e vitimas do próprio mecanismo que criaram... (Raul Seixas)

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