sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

...EVOCANDO...

O último pedaço da carne amaldiçoada pelos servos do consumismo está sendo lançada para o inferno.
Apagando as velas que denunciavam que o mórbido sentimento que se manifestava nas coisas mais bonitas da vida.
Feche seus olhos, a metade podre da face alheia acaba de cair, e eu sinto vontade de devorar as palavras que saem de meus pensamentos e vomitar em quem não consegue se importar com o alheio, sem designar a missão suicida da sociedade pedante.
Justiça, quem falou? Acerto a tonalidade das sensações que abordam o meu espírito que antes usava a camuflagem selvagem de alguém cheia de fúrias internas que tentava matar seu tempo com suas explosões temporais resolvendo problemas dos críticos maléficos.
Quem vai se importar quando seu corpo estiver suspenso pela sua alma amarga cheia de pesadelos presos no clube da solidão?
É fácil dizer que alguém aqui está assistindo o seu filme preferido e chorando por nós quando se atua como coadjuvante em um núcleo de vermes mutiladores de corações fiéis.
As cortinas do pensamento estão abertas, preste atenção, divulgando o que queima e o que resta de tanta sujeira, não temos a facilidade de pensar diferente dos animais se não andarmos de quatro as vezes, tentando tocar o sub-mundo do terror interno com a palma das mãos sujas pelo trajeto difícil que é caminhar na terra dos mortos vivos.
É pureza, não importa de que forma vemos o quanto fomos deficientes com nossa seriedade, ou se alguém julga que estamos enlouquecendo quando tentamos travar uma luta com a sanidade desgraçada pelos desejos moralistas que dançam funk com nossa melodia dramática nos dias escuros.
Conte até 5, respire fundo, porque a criança preferiu o colo do pecado à ter o seu monte de teorias sobre o que é estar vivendo em uma droga de limite Façamos um release de uma estúpida e metódica visão do que é abrir o corpo para o mundo, quando estamos na verdade de costas para o abismo prestes a cair dentro de nossa própria condenação. Talvez cada um tenha uma missão, eu acredito, tomo minhas “purple pills”, entro lentamente no vocabulário baixo quando falo das coisas que alguém costuma esconder com um manto negro da remota sensação de poder ler o que a dignidade não permite descrever com palavras suaves.
Os céus estão sendo rasgados por milhares de pedaços de concreto, eu gostaria de ter a oportunidade de ver tudo isso dentro de uma caixa, odiando o fato de as nuvens cinzas trazerem o meu ódio a tona, porque enquanto eu peço para que deus cuide de todos, eles separam o corpo da alma e apenas querem saber de receber os seus próprios méritos em cima da luta perdida de outrem.
Não quero decifrar a vida, as pessoas, o que raios isso signifique, eu quero um tempo de paz, para que eu possa acreditar em uma fé coletiva. Vendo que enquanto uns dormem de cansaço evocados pelo prazer confortável do gozo raso sanado, outros gritam de dor e choram dentro de seus quartos, pedindo clemência porque a dor parece não ter mais fim.
Não quero ter controle de nada, não quero ter os olhos de uma assassina e nem ao menos de ter poder sobre todas as coisas das quais eu tento consertar com minha humildade. Eu quero expor uma critica, não impor um jogo pelo qual alguém vença ou perca. Toda essa reação em cadeia, ainda me faz pensar que o meio de um tempo bom ainda está por vim e que o final será evoluir a tragédia. Não costumo economizar verbos nem adjetivos, desconheço a gramática, e não ignoro a beleza do mal e tão pouco do bem, arrasto as palavras com a ponta dos meus dedos tentando assim uma pequena tradução do que eu vejo com meus olhos e transcrevo o mesmo através da minha forma apreensiva de ver que algumas coisas estão sempre rodeando as pessoas e elas ignoram o sentido do ser.
Aceito milhares de devoções e tenho meu deus como guia, apelo aos desastres para saber que existe sangue dentro de um corpo que age como máquina quando o assunto é carnificina explicita na tela de uma tv banalizando assim uma violência animal que só tende a crescer como arvores robustas nos quintais de todas as pessoas que tem medo de sobreviver ao caos emocional quando a manhã anuncia um novo dia de luta contra a si mesmo.
Tenho o amor e respeito no peito por tudo e todos, sou de poucos amigos e possuo uma jóia em minha vida a uma mulher maravilhosa que amo e chamo de esposa. Também possuo a ira de milhares de deuses no canto escuro dos meus pensamentos, estou entre a espada e o escudo, olhando tudo com atenção, domando as feras que aparecem no meu caminho. Fazendo amizade com os aflitos que querem me derrotar com suas falas redundantes e conformistas. Me mantenho assim, fiel a vida, colaborando com uma rajada de metralhadora filosófica e aprendendo a ler poesia para fortalecer a normalidade da bondade dentro de mim, isso não faz florescer só flores sensíveis, elas são protegidas por seus espinhos venenosos.
Sempre fui sozinha, particular, nunca tive problema em articular as mensagens do meu entendimento, e nem de participar de uma vida cheia de descobertas que começou tão cedo. Com a dor aprendi muitas coisas, e com a alegria eu vejo sempre um bom tempo para que eu me fortaleça com as coisas que eu cultivo com tanto prazer e prezo sempre pelo meu amor verdadeiro pela humanidade.


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