Será possível ajeitarmo-nos as mãos que puxam o passado anacrônico para dentro do bolso do mal – estar?
Será que podemos ponderarmos nossos pensamentos ao nível elevado do sossego que nasce nos olhos aflitos do não – revelado?
Se a vida canta, ela vive com sua voz rouca a tentar nos comunicar através do silêncio que nos conturba, instruindo as nossas loucuras água abaixo do entendimento que nos falta.
Se falar Tornou-se tão difícil, agora guardar um silêncio do antigo, é quase como questionarmo-nos a ponto de que, desligamos a nossa fé, por falta de lealdade.
Somos seres humanos protegidos pelo acaso, e a rebeldia que nos jorra vida pelas entranhas do desconhecido existencial, elabora planos, indignados e inquestionáveis projetos obscuros, oportunidades que entram e saem dos nossos olhos, sem nem mesmo condicionar as nossas intenções.
Um dia me perco, um dia desses, eu me lanço da ponta deste navio, e descubro o mar em fúria, este mar que, vejo as ondas arrastarem a minha vivência para a margem do mundo.
Quem é digno de saber de toda a verdade?
Quem vê a verdade a olhos nus?
Acredito que, nenhum ser humano tenha completo acesso a verdade, não falo desta verdade que pensamos conhecer, a verdade minha, tua e dos outros, falo do que existe de maior, a verdade nos atos da ancestralidade.
O que move, o que destrói, o que rima com vaidade, e não se desloca para o racional, o que vive nos esconderijos do presente, e se manifesta poucas vezes no cotidiano, acorda!
Acordar em um dia escuro, aonde a vítima foi morta, e os suspeitos andam de braços abertos para o vento que, os arrastam pelo descontentamento do contente ser ausente.
Para que dizer tanto, se vive-se tão pouco o que se tem para ser vivido?
Nem mesmo o famoso silêncio coopera...
As vezes é preciso que eu passe dias andando por lugares estreitos em mim, para ver uma nova paisagem abrir-se diante de meus olhos.
Fantasias, criações, contos, vida, alheios motivos que me movem também, a ser este ser pulsante, que não se ausenta de tantas coisas, que com tanto tempo, aprendeu apenas ter duas pernas.
A quem consiga questionar os mistérios, mas poucos, muito poucos, sabem as respostas, por isso, contemplam o próprio fracasso de dizer que entendem tudo o que se revela.
Eu já não sei mais do que falo, sinceramente, eu me perco!
Eu gosto, confesso, sinto um sabor maravilhoso quando começo a escrever e me enrosco em minhas próprias palavras.
Dali por diante, eu desapareço...
Nenhum comentário:
Postar um comentário