terça-feira, 6 de janeiro de 2009

...a guerra..

Abrindo o peito!

A sensação é como ter um buraco negro no meio da alma.

É um entra e sai de cosmos, uma intensidade mágica,

Vozes, sussurros, absurdos, condolências universais abrem a nova morada.

Não, não falo com onipotência, o ato do agir pratica teus rituais em silêncio.

A morada do sol rasga a escuridão e liberta tuas antigas existências.

Quem fica, não anuncia tua estadia na horizontal,

Junta-se ao silêncio milenar, desalinha a temporalidade,

Os dois lados, multiplicam-se, consomem –se, existem!

Na perseverança da fé, alinha-se o caminho da verdade.

Vá de ré quem se confunda dizer que sabe o que aqui acontece!

Estamos atrás, na beira de um cometa louco, que cospe fogo na alma pura.

E não é loucura, ser louco é saber tão pouco, quanto sabemos de nossa audaciosa lucidez.

Quem fica lúcido demais, aprofunda – se no tédio e rasura sua temente fé em si,

Para construir uma jornada coletiva, devaneios!

Anjos, demônios, coitados, dementes, santos, perdidos e nunca achados,

Vasculham a esfera flutuante a procura da simplicidade.

Renova-se a construção do novo elo, o selo da vida é descolado da parede do mistério.

Ele voa, faz saltos gigantescos, abre e fecha abrigos melancólicos,

Definha mentes que, viciam – se apenas no passado.

Caminhos, famintos, desejos, frutos da imaginação penitente, agora batem suas asas com força.

A forca está armada, no canto do horizonte cinzento que transporta nossa gente para o desconhecido.

Desta vez, rezar, orar, conjurar, não adianta, é preciso crer mais do que em nós mesmos para isso tudo viver.

É preciso viver, sem querer sempre compreender tudo, o nada abre tua boca bendita e nos lança a beira da estrada.

Nossa carne pelo sofrimento é cortada por uma navalha ancestral, que não teme nosso destino,

Que alcança metas, sem esquecer da metamorfose que ocorre em nosso útero ferido...

 

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