Abrindo o peito!
A sensação é como ter um buraco negro no meio da alma.
É um entra e sai de cosmos, uma intensidade mágica,
Vozes, sussurros, absurdos, condolências universais abrem a nova morada.
Não, não falo com onipotência, o ato do agir pratica teus rituais em silêncio.
A morada do sol rasga a escuridão e liberta tuas antigas existências.
Quem fica, não anuncia tua estadia na horizontal,
Junta-se ao silêncio milenar, desalinha a temporalidade,
Os dois lados, multiplicam-se, consomem –se, existem!
Na perseverança da fé, alinha-se o caminho da verdade.
Vá de ré quem se confunda dizer que sabe o que aqui acontece!
Estamos atrás, na beira de um cometa louco, que cospe fogo na alma pura.
E não é loucura, ser louco é saber tão pouco, quanto sabemos de nossa audaciosa lucidez.
Quem fica lúcido demais, aprofunda – se no tédio e rasura sua temente fé em si,
Para construir uma jornada coletiva, devaneios!
Anjos, demônios, coitados, dementes, santos, perdidos e nunca achados,
Vasculham a esfera flutuante a procura da simplicidade.
Renova-se a construção do novo elo, o selo da vida é descolado da parede do mistério.
Ele voa, faz saltos gigantescos, abre e fecha abrigos melancólicos,
Definha mentes que, viciam – se apenas no passado.
Caminhos, famintos, desejos, frutos da imaginação penitente, agora batem suas asas com força.
A forca está armada, no canto do horizonte cinzento que transporta nossa gente para o desconhecido.
Desta vez, rezar, orar, conjurar, não adianta, é preciso crer mais do que em nós mesmos para isso tudo viver.
É preciso viver, sem querer sempre compreender tudo, o nada abre tua boca bendita e nos lança a beira da estrada.
Nossa carne pelo sofrimento é cortada por uma navalha ancestral, que não teme nosso destino,
Que alcança metas, sem esquecer da metamorfose que ocorre em nosso útero ferido...
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