E hoje eu descobri que, tenho de descer até a minha escuridão e levar um pouco de luz para o meu lado inferior.
Estou tão cansada da mesmice da visão contemporânea que me foi dada, hoje eu quero a cegueira do estar.
Deixo – me, esta decida será majestosa, e sem onipotência alguma devo eu descansar.
Se alguém perguntar por mim, eu vou dizer, estou aqui, bem no fundinho, remoendo, procurando um modo de me encontrar novamente.
Se me faltar letras, eu sublinho os antigos dizeres que tanto eu desapreciei um dia, não devo revogar as minhas mágoas.
Se este sol se põem, reluz vida sob meus olhos, esta nitidez cheia de fobias, cheia de múltiplas desgraças, a minha alma reluta por um pedaço no espaço que está por terminar.
Se isso tudo for loucura, me banharei com um perfume doce das manhãs, e deixarei que as abelhas chupem o meu sangue até a última gota, até que elas, enjoem da meu gosto.
Se eu pudesse colocar um sonho dentro de outro sonho, e viver uma realidade fora destes sonhos.
Já que não posso, sonho, mas vejo o real manifestar-se através das fendas da minha vida, por mais que, muitas vezes exista um grande ardor em tentar reviver o sonho que fora gasto.
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