sexta-feira, 28 de novembro de 2008

...O TOQUE DA VIDA...

Do lado de fora...

Um canto novo, a bossa nova desliza entre as mãos do universo,

Remoendo as matrizes suspensas pelos sentimentos cansados.

Não é preciso gritar, o silêncio gera a ordem pelos ruídos do inconsciente.

É nítido, e o vazio, já não incomoda mais,

Gota por gota, do orvalho mais limpo e da matéria existencial, vão tomando aquele espaço antigo que, gerava somente saudade do que nunca tinha sido vivido.

Não faço poesia, minha alegria é não ser acorrentada pela covardia de uma falsa sabedoria.

Respirar, agora é mais fácil, não dói, e tudo que assustava minha alma,

Agora desprende-se com leveza, e vai para os céus, lentamente...

Ergue –se no horizonte a preguiçosa esperança que andava sumida em mim!

A mesma, abre teus braços e entrelaça tuas delicadas mãos, em meus sonhos.

A realidade não mais pesa, ela é incerta, singela e não julga-me onipotente.

Cresce o respeito no peito da amante da vida pulsante.

Por agora, festas, abrigos, conversas noturnas, um amor desvairado rompe a cena:

- Entra narciso, toma este meu corpo, como se eu nunca o tivesse sentido!

O amor próprio não cospe na existência, não exala tua dor, não é crente no que não sente,

O amor próprio, é de aberturas, devaneios, construções mágicas, impérios com tuas torres de vigia encravadas no mar violento, e nem por isso, desabam!

Os redemoinhos puxam para fora todo mal que um dia fora sentido...

Esvazia-me o destino, deixe que meu lugar no mundo, se revele!

Eu apareço, e desapareço nesta roupagem de humana.

Não me aquieto, não uso esperteza, nem sou bruscamente certa de nada.

O nada me consome.

Nasci outra vez para ver o dia brotar dentro de mim.

Fui tragada e cuspida pelo ventre da vida!

Cá estou, não estou, fui, vim, vou, morri, ressuscitei, a vida me tocou!

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