Se tenho uma reclamação,
Não perco a expressão.
Algumas vezes eu me sinto como se pudesse morrer no frio,
Me atiro em um coma profundo, insano, cheio de dor,
E me recordo de tudo que me faz levantar todas as manhãs.
Eu tenho um grande amor, eu sinto como se a vida rodasse muito rápido.
Acordar as vezes me provoca a sensação de falta de abrigo,
E eu ouço minha voz interior resgatando minhas mágoas,
Eu continuo no caminho do silêncio, sorrindo para o horizonte mortal.
Posso puxar a realidade para qualquer lugar,
Se eu não consigo me mover para a luz, eu aproveito o ultimo instante,
Poluindo as entradas com constantes surtos emotivos,
Eu não me tranco, eu salvo as ultimas memórias.
Os espelhos estão quebrados, e minha heroína anda distraída com o tempo,
Retorno para o que um dia quis me atrapalhar,
Cheia de vozes, eu vou carregando o ultimo gole da ansiedade,
E não me embriago por tão pouco, eu me retiro antes que me vejam padecer.
Alguns dizem que não compreendem minha visão,
Eu sei, eu não posso acreditar em tantas coisas,
Não peço ajuda no escuro, não faço apologias a escuridão,
Caminho dizendo que alguma coisa está sempre fora do lugar,
Vou arranhando os muros da existência, e não quero ser ouvida
Quando eu precisar gritar por socorro, é algo que para mim não é real.
As curvas são perigosas, e eu volto para mim mesma,
Vendo a minha mente refletir a vida que eu nunca neguei,
Tenho milhares de chances, mas elas não costumam escorrer entre meus dedos.
Uma vez que eu tenho a imaginação afiada, não me sinto desonrada eu sido calada,
Mapeada pela jornada que por mim é tão sagrada.
Se tu quiseres falar de ódio, eu lhe dou uma chance
De dizer o que lhe tira do ar, mas não esqueça, as pedras vão rolar.
Alguns bloqueios vêem as coisas embaçadas e nossos olhos ardem,
O que temos não nos pertence, somente quando enxergamos o que está nos provocando.
Eu ando fitando as possibilidades, então eu vejo o que existe por vários ângulos,
Não tem como escapar, a rainha de copas sussurra os múrmuros de dentro do passado,
Eu não mastigo os fantasmas que aparecem para me perturbar,
Não costumo ser possuída pelas sensações de derrota,
Então eu penduro minhas asas, e sigo em frente pelo asfalto dramático.
Sem jogos, eu já disse que muitas vezes eu não posso explicar,
E as pessoas abrem um estágio indecifrável para que eu caminhe,
Assim eu não tenho nome, não tenho idade, não me movo pelas veredas erradas,
Eu tenho meu próprio caminho, e eu tenho uma boa palavra para quando me questionam,
Eu formulo a melhor escapatória quando eu quero falar de mim mesma,
Eu uso a verdadeira invisibilidade que um dia me deram, para fugir dos perigos sociais,
Me torno deus e o próprio demônio quando me sinto perseguida.
Eu sou sombras e luz ao mesmo tempo, sou o tempo dentro do espaço percorrido.
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