segunda-feira, 22 de setembro de 2008

...TUMULO...

Sem concentração alguma, o contexto desconexo da realidade, a densidade quase leviana que, tanto tempo paira entre os dedos da gentil temporalidade paralela, escorrega pelas ladeiras do esquecimento dos criadores íntimos das superfícies remotas da existência coagulada.
A renúncia do que é criado pelo criador enraizado na atmosfera mítica, faz a doação para a minha forma humana misturada com labaredas, chamas vermelhas, interlocutoras da minha vivência raivosa emocional contida em minha alma.
Se já não me fosse mais possível sustentar os tentáculos negros que carrego em minhas costas, procurando abrigo em minhas asas, arrebento o fio que, faz a ligação mundana cordial inexistente fisicamente, para o excesso de massas loucas que, circulam o terreno monstruoso da minha existência sem foco.
Este meu distanciamento descontente do latente sobrevivente espírito existente, persiste em fazer seus círculos enfurecidos, indomáveis devaneios que, abrem e fecham as portas do inconsciente.
Sobrepor a virtude da matéria, a essência primária lançada no abrigo do instigante momento do estar- fora – de- si e perto de um outro mundo. Tempo, um velho amigo, um descendente da solidão partida em pedaços, repartindo assim as esferas sincronizadas que, dançam nas linhas sonâmbulas do universo mágico, máquina de sonhos, refletor de símbolos, marco zero para o inverno pulsante da memória do pós – mortal!
E se existe uma coincidência, é um trágico acidente no cosmo, interferência da esperteza contraditória do que ainda está por vir, e que não se vê, não se compreende, se estende a imperfeição dos atos no acaso do passado.
É uma leitura de si para com o mundo, o mundo na leitura dos lábios incandescentes das cômicas parábolas dos Deuses que abrem o coração do homem, para plantar uma esperança, herança dos tumultos energéticos que brotam do fundo do universo. Nesta hora de agora, tudo é negro, o quebrante do arquétipo da maldade, a fidelidade das palavras que, perdem suas tonalidades quando, a luz de fora apaga o brilho da alma que reina no desatento paladar da sonífera vida transcendente.

Nenhum comentário: