O que eu não suporto, é o sustento do sustentar o que está suspenso em minha idéia.
E como se minha idéia já não fizesse sentido algum, em algum sentido eu perdi a minha maior idéia do sentir.
Para as nuvens que deslocavam o céu, eu assoprava o ritmo da vida, com um suspiro frio do meu corpo.
Um corpo desalmado, que não calava ao ritmo da chuva.
E se a chuva não mais quisesse minhas delongas, manhosa abria um sorriso, chamando o deus sol.
E ele vinha, todo irradiante, como se naquele instante, eu pudesse ser mais tolerante.
E eu fui, agora para onde, eu já não sabia.
Ou sabia que sabia, e acabei por esquecer o que havia aprendido.
Eu não praguejava, eu existia e persistia com aquela raiva que, Deus me deu desde menina.
Sapeca, atrevida, corrompida pelas horas do dia em que me sentia vazia.
Se é que vazia, eu poderia me sentir, já que me sentava na beira do mundo para assistir a minha vida fingir ser vivida.
Servida de concreto e de sonhos! E bem servida!
Existiam tardes sonâmbulas, quando eu não suportava o caótico bem – estar, então eu invadia a minha própria moradia.
Minha alma!
E ali ficava eu, a fitar os romances das atrapalhadas circunstancias internas, que eu só tinha contato íntimo, quando não dormia.
E se dormia, eu me perdia.
Me enroscava nos trechos dos sonhos que só eu, eu digo, eu mesma, fora de mim, e longe de todos, dentro do mundo, podia descrever sem fugir dos detalhes.
Mas só lembrava o que me interessava.
O que me fazia regressar em um corpo, monumento do passado!
Ancestral da mágica prática do viver, aprender, re- viver e esquecer que, vivi o que um dia não esqueci de viver.
O agora!
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