Quando você é violado pelo mundo, a sua sombra salta da sua mente...
Você começa a entender os sinais
que buscam na sua sanidade, saída.
Começa a cavalgar como dois
cavalos selvagens em uma corrida desesperada para manter a vida pulsante.
Estreita sua jornada, a sentir
cada veia do seu corpo dilatar.
Sente o seu sangue, engrossar de
tal modo, que quer que ele saia pelos seus poros.
Adentra sua inconsciência de
forma violenta e destrói a fragilidade dos sentidos.
Comendo cada pedaço do seu corpo,
de dentro para fora.
Balbucia o silêncio quebrado da
morte, evocando seus espíritos mais profundos.
Aonde o medo, não reside.
Aonde a solidez da alma não tem escapatória.
Percebe no cheiro da pele humana,
um desejo de consumo incontrolável.
Deseja cada centímetro do
universo como sendo parte sua.
Desloca sua cumplicidade pela
desleal causa a ficar residindo em um mundo superficial.
Destoado, viaja para seu interior
mais maligno e sombrio.
Aonde as trevas, são seu
esconderijo preferido, aonde se alimenta dos desejos mais insanos e imaturos.
Primitivo, o chamado do originário
se descontrola e começa a esvair por todo instante que se movimenta pela luz.
A luz, não te cega mais.
Então, com o estomago embrulhado
de tanto sordidez, alcança o apogeu da Lua de sangue.
Se encosta na sua deidade aonde a
sua humanidade desolada é enterrada, viva!
Não tem perdão, a busca pela
vingança reluz nas linhas que entrelaçam a narrativa de nascimento de um
monstro, feroz, faminto e fulgaz.
Baba como uma fera enlouquecida
em uma tarde de domingo.
Faminto, ressuscita seus demônios
adormecidos que gritavam desesperados por soltura.
Desalmado, abre a porta do seu
inconsciente e invade um novo mundo...