quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

::SENTIDO INVERSO::

 

Apague as luzes, as nuvens cinzas estão se aproximando....

 

Um carro em alta velocidade, está dentro de seu coração.

Não existe uma razão para tal, mas acontece.

Enquanto a cidade está apagada, você está dando volta dentro de si.

Não brinque, você sabe o sabor amargo da infelicidade de as vezes não realizar a verdade.

Não é tão ruim quando o céu não fica azul.

Você está alta, tentando provar o gosto da sua frieza e deslealdade.

Então, projete-se aonde as coisas não podem deixar de aparecer.

A fumaça que você traga, te muda e tudo parece flamejar.

É irregular, mas você sabe o que quer e continua tentando não se perder.

Procurando nos olhos cegos da maldade o que enxergar com tanto temor.

Pesque algo dentro de si, algo que realmente pode acreditar sobre seus sonhos ruins.

Seu coração é feito de pedra e ele também quebra, mas se refaz toda vez que se apaixona por algo do lado de fora.

As coisas começam a se movimentar, lentamente e suas batidas estão fora de frequência.

Isso não significa que você irá exatamente se perder de onde começou a se identificar.

Ascenda as luzes, agora você pode se ver, inteira.

A vida passou como um flash, agora você está trêmula.

Os rios começam a rolar ao contrário, as razões estão controversas.

Você queria viver isso tudo, mil vezes, sem se distanciar das suas perversidades.

Quero lhe dizer algo, você ainda consegue sentir aquele gosto amargo?

Então, vou pintar seu céu, da cor de seus olhos para te provar que você está acima de tudo que te ensinaram sobre si.

A fortuna não é algo estranho quando não se pode guardar a satisfação de querer sempre escolher algo para ganhar.

Estamos aqui, você condizendo com suas crendices, presa em pequenos detalhes, simbólicos, como aquela vez que te vi, entrando naquele lugar escuro.

Você consegue acreditar que agora pode ter sonhos bons?

Seu coração está disparado, correndo como flecha por essa floresta solitária.

Então o que você guardou por tanto tempo, não era segredo, somente medo.

Medo de não conseguir caminhar sozinha diante daquelas montanhas que lhe deram para escalar.

Você se machucou tanto, agora a dor não te incomoda mais.

Vista sua roupa preferida, aquela que pode matar qualquer um.

Lembre-se de seus nomes, porque você ama até querer morrer.

Não se desculpe, porque você continua correndo pelos vales que não são mais encantados.

Você diz que o amor pode te obrigar a ver a insanidade em sua proeza mais profunda.

Não peça, por favor, porque toda vez que a semana termina, você fica exausta e cheia de saudade de quem foi ontem.

Toda vez que eu fecho meus olhos, eu vejo você sonhando com as coisas que um dia me disse que eram impossíveis.

Seus delírios te sufocam e você adora o peso deles no seu peito.

Você pode correr para onde quiser, mas sabe que sua sombra é mais veloz.

O vento mudou a direção, está na porta de sua casa, te obrigando a sair.

Então, caia e dance sua dança proibida para tentar se relembrar o quanto ainda conseguia ser humana, mesmo amando como um animal ferido...