Está ali, não mais fora de mim.
Andando sozinho, pedindo favores.
Descontando a melancolia em choros abafados.
Andando sozinho, procurando uma paisagem.
Está ali, agora fora de mim.
Ninguém pode ouvir sua voz, ela está engasgada na alma.
Tentando rabiscar o infinito, as palavras estão voltando para o coração.
Pensamentos que não podem ser pensados.
Um futuro incerto, alguma fagulha de amor, foi acesa.
Agora é hora de deixar ir embora, o agora.
Nada mais vai importar quando as luzes forem apagadas.
Temos as estrelas, o sol está queimando a história toda.
Os pés não sabem para onde ir, sua correspondência não chegou ao destino certo.
A prisão de si mesmo, escolhendo um modo de escapar.
Porque dói, o céu está caindo.
Tudo que você tinha de bonito, está apenas na memória de um dia esquecido.
Quando imaginamos demais, acabamos apenas adormecendo e sonhando com nuvens escuras.
Não, não irá chover para você sentir o quanto isso pode ser real.
Porque, estou ali, fora de mim.
Esperando um lugar para morar, entre abrigos sentimentais e ruínas interpessoais.