Um momento infantil rodeava a minha criatividade...
Eu estava querendo uma compaixão, um limite sonoro que voasse através da alma.
Uma delicada folha que se entrega ao destino do vento, agora caia sobre meus pés.
Pés calçados, não mais senti aquela terra bruta sobre minha sola existencial.
Eu queria retribuir a mim mesmo, todo valor e todo custo que um dia entreguei ao mundo.
Era preciso lidar com a vida, usando a paciência que aprendi através do silêncio.
Não sou tola, e uma vez que, exercitei a minha confiança na vida, ela nunca me abandonou.
Posso ver brotar a água de dentro das pedras, e maravilhar-me com tudo que existe no mundo, sem usar de conceitos prontos do que é o ser natural.
Eu sempre penso que estou preparada para viver as coisas mais intensas do cosmo.
Ás vezes eu sou surpreendida com as tempestades e com os ventos do norte.
Não caibo mais naquela cabana isolada do pensamento moderno,
Tudo que tenho visto e sentido, vem de um lugar desconhecido, aonde,
Busco porquês, sem querer obter respostas.
O mistério me cativa a aprender a re-educar o meu aparelho psíquico.
Eu almejo viver realmente, agir diferente com todas as coisas que aparecem fora da minha orbita,
Porém, não sei o que me preencherá de sentimentos ruins ou bons, estes, carrego em mim não como um fardo, mas como um aprendizado da vida aqui.
Com o decorrer do tempo, vi amores, paixões avassaladoras, corações quebrados, anjos tomados pelo “daimon” e não mais me surpreendi...
O que me traz de volta a tona dos fenômenos, é quando eles se manifestam simbolicamente no mundo através de seus sinais.
Este sinais que não consigo deixar passar em branco!
Eu fui tomada pela vida, e a vida tomou todo meu sangue!
Bebeu minha falsa sabedoria, me limpa de tudo que sei a cada dia.
Estou nova, sempre renovando, quero aprender a viver as coisas como elas são, como aparecem, como nascem.
Quero o berço materno do universo para dormir!!!!
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