terça-feira, 8 de setembro de 2009

::AGUA NEGRA::

Eu gostaria de guarda a vida dentro de um pequeno baú dentro de minha mente...

Vejo as linhas em volta do sol,

Vejo minhas centenas de construções feitas a aço e pó.

Dentro de um viagem, eu me transformo em uma água velha no topo de uma montanha larga,

Pesada, alta e desvairada.

Escorrem os rios naquelas beiradas, amadas verdes, azuis, águas salgadas.

É setembro, e ainda não compreendo,

O que ainda estou fazendo deitada sob esta chuva de verão.

Dou risada dos sátiros, mergulho no inconsciente, dobrada está minha alma.

Meus braços estão maiores, menores são minhas fraquezas, eu ando afinada e amada.

A vida tem vãos, nada que eu vejo entra e sai de mim sem deixar uma sensação de solidão.

A primavera está pronta para nascer, e com ela também, brotando vem o soneto de separação.

Não tenho tempo para morrer, a morte para mim tornou-se uma grande contradição.

Os mitos são muitos, os que querem ser queridos, esquecidos estão.

Está tudo preparado, a colheita já começou.

Estou diante de um espetáculo individual,

Sei que ainda tenho enganos, passos indecisos, avançando estou.

Não tenho mais interesse algum em quebrar regras, para o mundo eu vou.

Espanei os sentidos das metamorfoses conscientes, o espetáculo da nova jornada me escalou...

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