Busco meios pelos quais a vida pode-a –ser um pouco menos raivosa...
Eu vou convertendo astros, sentindo acasos, quebrando os braços do impiedoso passado.
Ando boba, com um lado poético calado, humildemente venho gritar para os montes isolados das civilizações:
- Algo vai ter que mudar novamente!
Meu manual de ódio é anônimo, esta parte irracional freqüenta as casas da inconsciência.
Não quero ser útil, nem quero somente ter ambição para alcançar a vitória parcial.
Não faz sentido, a minha inteligência de mulher-bicho, foi jogada no fogo.
Ela se entregou ao fico, foi consumida pelos meus desejos, não participa por agora das ocorrências presentes.
Esta espécie de inclinação a tragédia, é um encontro entre verso, êxtase e frustração.
Nossa eu posso ouvir, um coro cantando a narrativa da minha comédia interior.
Pensamento na cena, no ato, fenômeno vivido, o paradoxo novamente me conquistou.
Mostra-me personagem!
Revela-me!
Abre meu mistério, rompe minha passagem, desliza em meu desligamento exterior.
Conjura-me!
A vida é minha narrativa, o amor é meu dom avassalador...