quinta-feira, 8 de maio de 2008

....MISTERIO...

Não vou mais fugir da tristeza!
Já que fui separada de mim mesma por tanto tempo.
As ruas novamente estão desertas e eu continuo vendo sentido nesta ausência,
Não quero ir embora ,por me sentir tão indiferente quanto a minha solidão.
Porque, eu quebrei todas as cascas e o que vi foi totalmente assustador.
Vi milhares de máscaras machucando as faces de milhares de rostos inundados por lágrimas apelativas, querendo uma falsa demonstração de solidariedade.
Sou fria as vezes, mas isso não faz com que eu deixe de lado as montanhas que já escalei.
Agora não adianta tentar sair pela janela, já que cansamos de arrombar as portas do nosso pensamento,
Fechando os olhos, eu tenho a sensação de estar sobrevoando a minha identidade,
Resgatando lentamente o que me foi perdido nas condições do meu congelamento temporal.
É essa paisagem que eu sempre quis enxergar e fiquei presa a uma banheira ácida de ilusões.
Está ficando tudo estranho agora, sinto que estou perdendo a mim mesma,
Dizendo coisas que eu jamais tive vocação para dizer, e eu me sinto triste, e isso me torna criativa.
Isso não é tudo, eu procurei dentro de mim, todas razões para ficar dentro de um mundo só,
E acabei encontrando milhares de universos, cruzando a minha imaginação e descendo com velocidade chocando-se com o meu terreno.
A fantasia do amor, revestida por pureza, a fragilidade nos princípios, a modéstia intelectual, o resgate da finitude.
O medo do severo, inclinação as fábulas antigas, que contadas ao contrário, refletem a tragédia de Hamlet.
A contra – posição do acaso ao descaso do individuo preso ao presente, desvendando assim, a cor negra que habita o íntimo substancial.
O refúgio no falso bem, a moradia do mal instalado, penetrando no senso comum existencial.
O mergulho no fundo do abismo, a intimidade da necessidade, o escarro do individuo armado com suas mágoas frenéticas, montados em seus cavalos esqueletos amaldiçoados pelo tempo que, corre ao contrário do contexto histórico mal solucionado.
A correnteza das imensas quedas emotivas, despencando nas almas perdidas, que são lançadas ao calabouço da falsa riqueza infantil, guardadas pelos anjos celestiais com seus demônios estampados no peito.
O Final que não chega, o bastardo ascende suas ultimas velas e a escuridão se aproxima do castelo de areia, montagem celestial para quem não quer atravessar a ponte do eu nunca sozinho para o eu em si.

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