Posso tentar narrar o que dentro daquela floresta...
Arvores enfileiradas, desfiladeiros tristonhos, música melancólica.
O vento vem trazendo seu respiro mais profundo, sua penumbra me convida a dançar.
O chão está úmido e os olhos também.
Existe uma fenda diante de minha mente, aonde mora um monstro vestido de negro.
Coloca-se diante da fogueira, os olhos ardem, as mãos pegam fogo.
As pernas cansadas, o quadril, dilacerado.
A dança macabra começa sua sintonia interna.
Está gelado aqui dentro, nada passa sem congelar meu peito todo.
Estou vestido como se estivesse aguardando um caixão para pular.
Minha loucura, demência e transparência, conspiração diante da minha mente.
Eu estou enlouquecendo, as trilhas estão cada vez mais estreitas.
A morte me chama para dançar.
As rupturas estão deformando toda passagem por onde eu costumava me esconder.
As plumas, vacilam diante do horizonte cinzento.
O sangue ferve nas minhas veias, eu estou transbordando agonia.
O cavaleiro procura um lugar para descansar seu cavalo selvagem.
Eu preciso ter um pouco mais de cautela, ou vão me ouvir gritar...