segunda-feira, 8 de novembro de 2010

::FATOR::

A outra metade pode não ter uma saída.

Uma pequena parte de mim, um outro gênero de experiência substancial desqualificada.

São sonhos, aberturas inconscientes.

Uma volta por cima de um espírito inerte.

Misturei tudo, uma escuridão por onde caminho a dias.

Todos os destinos estão cruzados, não posso tentar escapar.

Fugir é remediar o que eu tenho certeza que acontecerá.

É fato, o fator é exato.

Inato, bolhas de água, estou de cabeça para baixo.

Negando as intuições, enferma, os cristais estão rachando.

As partículas estão chegando.

Não adianta correr, a distância me aproxima do meu self.

Aqui eu sou, lá não estou.

Aonde os mundos se conectam.

Preciso voltar a dizer que eu posso sempre estar um pouco mais feroz do que fui ontem.

A minha existência é uma penitência por causa da minha excessiva demência.

Se eu contar, eu narro algo trágico, se eu calar, eu silencio o meu fator isolado.

Estou com meu piloto automático desligado...