segunda-feira, 13 de setembro de 2010

::SEM FIM::

É vento, chuva e fumaça.

A noite me parte ao meio,

Não existe segredo sem medo.

O medo vem da descontração do céu e da terra.

É o som que sai de mim.

Um tipo de som que mata e fere, mas cura e salva.

É cômico e trágico, é vivo!

Vivido em cada rompimento, sentimento de descontentamento.

É ferro que arde, fogo que queima e se espalha.

É palha que voa com a tempestade.

Coisa de bem, nasce da pura maldade.

Vaidade, senso de sinceridade, bondade alojada no negativo.

Positivo quando vicia, inicia um ciclo vital.

Mortal quando se torna banal.

É água que desce com força da cachoeira.

Som da mata, floresta negra, mergulho no infinito.

Falta de ar, concentração e a fala do inconsciente.

Ele não mente, só omite, na hora certa se revela.

Me ascende nos quatro cantos.

Em prantos não perco minha lealdade.

É realidade que se esconde debaixo das asas do dragão.

É melancolia pura, cheiro de honra.

Desonra que afronta a si mesmo,

Descobre que no fundo, esteve brincando com a própria saudade.

Saudosa de mim!

Que viajo sem medo de chegar no fim...