É vento, chuva e fumaça.
A noite me parte ao meio,
Não existe segredo sem medo.
O medo vem da descontração do céu e da terra.
É o som que sai de mim.
Um tipo de som que mata e fere, mas cura e salva.
É cômico e trágico, é vivo!
Vivido em cada rompimento, sentimento de descontentamento.
É ferro que arde, fogo que queima e se espalha.
É palha que voa com a tempestade.
Coisa de bem, nasce da pura maldade.
Vaidade, senso de sinceridade, bondade alojada no negativo.
Positivo quando vicia, inicia um ciclo vital.
Mortal quando se torna banal.
É água que desce com força da cachoeira.
Som da mata, floresta negra, mergulho no infinito.
Falta de ar, concentração e a fala do inconsciente.
Ele não mente, só omite, na hora certa se revela.
Me ascende nos quatro cantos.
Em prantos não perco minha lealdade.
É realidade que se esconde debaixo das asas do dragão.
É melancolia pura, cheiro de honra.
Desonra que afronta a si mesmo,
Descobre que no fundo, esteve brincando com a própria saudade.
Saudosa de mim!
Que viajo sem medo de chegar no fim...