Tua pele está descolando de teu corpo...
terça-feira, 24 de junho de 2025
:: SEM PELE::
segunda-feira, 23 de junho de 2025
:: PRÓLOGO PARA UM FIM::
O cavaleiro se prepara para tua última missão...
domingo, 22 de junho de 2025
:: NO TEU AMOR ::
No teu amor...
O teu amor é agua profunda.
Lugar onde mora a nascente do meu rio.
Estado de graça avançado.
Cheiro de mata fechada, coloração do tardio.
O teu amor é estrada.
Lugar onde mora as curvas do horizonte.
Estado de Dádiva avançado.
Cheiro de paixão e desejos que estavam trancafiados.
O teu amor é fogo.
Lugar onde a lareira fica acesa, quebrando o frio.
Estado de Euforia, avançado.
Cheiro de fogueira que na clareira em um dia vazio.
O teu amor é vanguarda.
Lugar onde meu amparo sentimental é o fio condutor de minha jornada.
Estado de Júbilo avançado.
Cheiro de vida, transcorrendo a poesia em mim contida.
O teu amor é norte, sul, leste e oeste.
Lugar onde encontro todas as coisas que em mim, descansam regozijadas.
Estado de Entusiasmo avançado.
Cheiro de realizações, abre-se a carta dos céus.
Tu carregas em teu peito, o meu destino, devir e arranca de mim, meu véu.
:: INVERSÃO::
Entre os opostos, caminha a alma atrofiada para que a mente avance...
terça-feira, 10 de junho de 2025
:: FAGULHAS NO CÉU::
sexta-feira, 6 de junho de 2025
:: CONFUSÕES ATENUADAS::
Eu estou aberto novamente...
Pensando em todo tempo que passei indo embora.
Bebendo minhas últimas lágrimas, tentando ir para algum lugar novo.
Eu sei o quanto eu fui tolo, estou gelado.
Você pode não me quebrar estar noite?
Eu estou tão cansado e sem força.
Eu ouvi um sussurro a noite passada, eu poderia ter dó de mim mesmo, mas acabei adormecendo.
Sei que estou encrencado com meus pesadelos, mas prossigo querendo adormecer.
Morri muitas vezes tão jovem, jogando forte com tudo que eu queria conquistar.
A vida passou rápido e eu me vi desnorteado com meus pensamentos obscuros.
Eu queria lhe dizer que as sombras voltaram e não querem me deixar levantar.
Se eu pudesse dar adeus a tudo que ainda me cerca, eu cantaria uma música sobre meu mundo.
Vi os pássaros correndo em minha direção e eles queriam minha carcaça.
Então, quando eu corro, procuro chegar na ponta do abismo e ele está dentro de mim.
Alguém me disse que eu já enlouqueci quando deixei me dominar.
Mas todos os meus segredos estão dentro de uma caixa velha e eu perdi a chave do cadeado.
Preciso que aqueles pássaros atravessem minha alma.
A solidão tem me feito tanta companhia que eu sinto um verme comer meu destino.
A paixão tem me salvo de tantas coisas, mas eu estou preso debaixo de minhas memórias.
Procurando um lugar profundo para ficar, para esperar a maré baixar.
Estou envelhecendo tanto que meus músculos parecem raízes antigas.
Você pode me levar para baixo de novo?
Seja dura comigo, porque a música parou de tocar e o silêncio é melancólico demais.
Eu tenho uma guerra dentro de mim, entre as coisas que desejo e as que sonhei.
Percebi que a arvore que ficava na ponta da colina, está com o tronco rachado.
Não posso me assistir sumir e mutilar minhas últimas esperanças.
O inverno ainda não é rigoroso o suficiente para petrificar minhas certezas.
Continuo cavalgando naquele cavalo jovem que insiste em me levar de volta para casa.
Eu sei, você sabe o quanto eu tenho desaparecido nas tardes, eu estava plantando algo e acabei comendo minha sanidade.
Minhas confusões estão atenuadas e eu não posso vencer a guerra que comecei quando escolhi não mais lutar.
A minha resistência faz com que eu ame coisas que ainda não estão sólidas e isso me consome.
Tenho sintomas de febre, acho que estou começando a reviver algo que já tentou me distanciar de minha real jornada.
Levei para fora tudo que eu pensei que era válido para eu tentar continuar andando por ai.
Era tão belo quando tudo ainda conversava comigo, agora eu sei que, não entendo mais nenhuma palavra do que eu tento falar.
Estou com uma fenda na alma, revelando a escuridão que habita meu corpo...