domingo, 11 de maio de 2014

::ENGRENAGENS OBSCURAS::

Introspecção...
O que é de comum acordo, levantar todos os dias para aprender a viver?
Qual o gosto verdadeiro do amargo se não da lágrima que não rola do nosso rosto quando a felicidade também fere?
Então temos um pouco de loucura aqui por outro lado, estamos conectados a uma experiência doentia de sentimentos obscuros.
Vamos lá um pé por vez esta lama está nos afundando não adianta tentar driblar a força do corpo que nos carrega para o abismo.
O que queremos de verdade ?
Uma pele que possa ser arrebentada pelo frio que vem de nossa ancestralidade.
Puxe tudo para cima a luz parece maior deste ângulo.
Não adianta tentar mentir quando tudo que você acredita começa a despencar em cima da sua cabeça.
Tem um gigante andando em meu quintal e ele parece querer esmagar minha sanidade.
Eu deixo as borboletas rodopiarem no meu quarto em um ritual de desejo e morte.
Renascimento!
A frequência está organizada e tudo está freneticamente acelerado em meus sonhos.
Ouvi falar que uma águia trouxe um flash de tristeza no seu bico dourado e eu estou tomando todas as medidas possíveis para não ver refletido neste sol tudo aquilo que eu deixei passar no passado.
Calma, não pode ser somente um sonho eu não estou satisfeita o suficiente para recordar tantas reflexões.
Está tudo descontinuo, desencontrado com as minhas abstrações.
Sinto-me penetrada, invadida e usada por um tempo que só quer me interrogar e me submeter a uma realidade alternativa.
Eu posso aprender a me concentrar quando o trem arrasta seus vagões em direção ao abismo
Mas isso eu não consigo com os pés fincados a um chão tão gelado.
O meu inconsciente desenha sua abordagem mais profanas no meu consciente.
E então o que eu posso fazer a não ser observar a mim mesmo quando estou me deleitando com toda esta paranoia?
E se isso tudo durar para sempre para onde eu vou para me consultar a respeito das minhas estradas bifurcadas?
Estou autorizada a chorar?
Encontro-me em chamas e as labaredas estão consumindo meu ódio.
Este fogo é revelador, porque eu sempre quis me concentrar em algo que eu pudesse sentir de forma originaria e fortificada.
Eu não posso intimidar esta dor, eu não posso limitar os meus desejos.
Então eu vou desejar que isso tudo seja ácido e tóxico como as palavras que lanço nestas páginas.
Porque eu peguei o ladrão e ainda sim me sinto roubada pelo acaso.
Uma névoa se aproxima do meu peito e eu sinto um furacão me suspender do chão.
E algumas horas eu estava tão ausente que não consegui presenciar que isso estava tão perto.
Sinto muito, mas eu não posso colocar tudo que eu aprendi sobre a decepção nesta frustação imaginária.
Tão insuportavelmente eu vou indo, caminhando sobre um nevoeiro aonde as pessoas usam uma espécie de rosto diabólico e assustador.
Eu não fico nesta realidade por muito tempo, então eu preciso me segurar para que o vento não me arraste para aquele lugar aonde as coisas fazem tão pouco sentido quanto a minha falta de noção do que é real.
Felicidade o que você fez comigo?
Tristeza o que resta de mim depois que você se abrigou na minha alma?
Longe demais, vendo as ruas sumirem da minha visão.
Escute, tem um gerador barulhento em meus ouvidos estão querendo me fazer alucinar.
Engrenagens obscuras, eu não consigo simplesmente dormir para me recuperar.
Penetre em mim, eu preciso que algo me invada, porque eu estou imitando algo que eu já conheço bem, minha falta de vida.
É tudo meu tudo amargamente me pertence e posso pegar quando eu quiser mas não sei aonde guardar...



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