Introspecção...
O que é de comum acordo, levantar todos os dias para
aprender a viver?
Qual o gosto verdadeiro do amargo se não da lágrima que
não rola do nosso rosto quando a felicidade também fere?
Então temos um pouco de loucura aqui por outro lado,
estamos conectados a uma experiência doentia de sentimentos obscuros.
Vamos lá um pé por vez esta lama está nos afundando não
adianta tentar driblar a força do corpo que nos carrega para o abismo.
O que queremos de verdade ?
Uma pele que possa ser arrebentada pelo frio que vem de
nossa ancestralidade.
Puxe tudo para cima a luz parece maior deste ângulo.
Não adianta tentar mentir quando tudo que você acredita
começa a despencar em cima da sua cabeça.
Tem um gigante andando em meu quintal e ele parece querer
esmagar minha sanidade.
Eu deixo as borboletas rodopiarem no meu quarto em um
ritual de desejo e morte.
Renascimento!
A frequência está organizada e tudo está freneticamente
acelerado em meus sonhos.
Ouvi falar que uma águia trouxe um flash de tristeza no
seu bico dourado e eu estou tomando todas as medidas possíveis para não ver
refletido neste sol tudo aquilo que eu deixei passar no passado.
Calma, não pode ser somente um sonho eu não estou
satisfeita o suficiente para recordar tantas reflexões.
Está tudo descontinuo, desencontrado com as minhas
abstrações.
Sinto-me penetrada, invadida e usada por um tempo que só
quer me interrogar e me submeter a uma realidade alternativa.
Eu posso aprender a me concentrar quando o trem arrasta
seus vagões em direção ao abismo
Mas isso eu não consigo com os pés fincados a um chão tão
gelado.
O meu inconsciente desenha sua abordagem mais profanas no
meu consciente.
E então o que eu posso fazer a não ser observar a mim
mesmo quando estou me deleitando com toda esta paranoia?
E se isso tudo durar para sempre para onde eu vou para me
consultar a respeito das minhas estradas bifurcadas?
Estou autorizada a chorar?
Encontro-me em chamas e as labaredas estão consumindo meu
ódio.
Este fogo é revelador, porque eu sempre quis me
concentrar em algo que eu pudesse sentir de forma originaria e fortificada.
Eu não posso intimidar esta dor, eu não posso limitar os
meus desejos.
Então eu vou desejar que isso tudo seja ácido e tóxico
como as palavras que lanço nestas páginas.
Porque eu peguei o ladrão e ainda sim me sinto roubada pelo
acaso.
Uma névoa se aproxima do meu peito e eu sinto um furacão
me suspender do chão.
E algumas horas eu estava tão ausente que não consegui
presenciar que isso estava tão perto.
Sinto muito, mas eu não posso colocar tudo que eu aprendi
sobre a decepção nesta frustação imaginária.
Tão insuportavelmente eu vou indo, caminhando sobre um
nevoeiro aonde as pessoas usam uma espécie de rosto diabólico e assustador.
Eu não fico nesta realidade por muito tempo, então eu
preciso me segurar para que o vento não me arraste para aquele lugar aonde as
coisas fazem tão pouco sentido quanto a minha falta de noção do que é real.
Felicidade o que você fez comigo?
Tristeza o que resta de mim depois que você se abrigou na
minha alma?
Longe demais, vendo as ruas sumirem da minha visão.
Escute, tem um gerador barulhento em meus ouvidos estão querendo
me fazer alucinar.
Engrenagens obscuras, eu não consigo simplesmente dormir
para me recuperar.
Penetre em mim, eu preciso que algo me invada, porque eu
estou imitando algo que eu já conheço bem, minha falta de vida.
É tudo meu tudo amargamente me pertence e posso pegar
quando eu quiser mas não sei aonde guardar...
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