domingo, 3 de novembro de 2024

::EUPHORIA::

Lá vem aquela garota que sorri, alto, como se o mundo fosse dela...


Epifania!

Uma falta de lucidez, cômica, rebelde e um tanto fugaz.

Translúcida em suas próprias tragédias, talvez uma ópera sem limite para acabar.

Com seus passos tortos, seu coração inebriado de amores, paixões e com apenas um desejo.

Encontrar sentido nas coisas que não quer deixar escapar por onde ela passa.

Sua beleza, efêmera e intra-sexual, não remete a nada e nem a nenhum gesto erótico, desconexa.

Brota de sua mente, poesia, prosa e lugares escuros por onde somente os passos dela, recordam.

Emancipada por sentimentos que ela não quer guardar, sai distribuindo, são dores, aos avessos.

Não economiza em dizer que o mundo é bravo, feroz e redundante quando não se pensa.

Suas condições, passagens, portas abertas, janelas escancaradas.

As pessoas que olham de frente mergulham em um caderno velho de rabiscos, só se percebem quando são pequenas.

Prefere a pequenez, por onde divaga suas torrenciais saudades, nos nebulosos domingos, insuportavelmente, tranquilos.

Anunciada está uma tempestade e ela fica excitada, escreve e recua, tentando encontrar palavras e desejos que, há muito tempo, não sentia.

A euforia passa correndo, entre os vãos da casa, escapando pelas transversais conversas mudas, entre o silêncio e a vaidade, foge!

Com seus antigos livros, filmes e seriados de si mesma, se diverte, com as alegrias que tanto intui em conseguir.

Amante do som do piano mais melancólico, fragilizada pela própria sensatez, não se desgoverna como queria, mas, assombrada pela sua sombra, não se vê.

Estar cega neste momento é uma Dádiva, um dom maior de apenas ali se encontrar.

Ofegante, suas artérias parecem que vão explodir.

Sua filosofia preferida não serve, esta noite não.

O relógio bate na frequência de seus batimentos cardíacos, parece que o tempo irá parar, por um momento.

A retomada de seus instintos, caminhando sem certezas, encontra o bosque de si.

Um lugar de reencontro com seu ego, seu Self!

Neste lugar, encontrei um bilhete, lançado em seu desejo mais íntimo de felicidade, lá está escrito: Euforia!


sábado, 2 de novembro de 2024

:: OUTRO DAQUELES SONHOS::

 Então, só podemos estar dentro de um risco de saudade...


Então isso é o que vem de mim?

Andando por lugares aonde os meus sentimentos tem saudade de serem vivos.

Por favor, se existe alguma coisa que eu possa fazer para estar inteira, me comunique.

Algumas coisas começam a florescer, o divino se afasta.

Eu não estou aqui, de novo.

Agora me sinto infeliz, fora da gama de felicidade que me contraria.

Ontem a noite eu contei para uma garota que poderia esperá-la e ela partiu.

Queria estar dentro de uma história de amor, qualquer uma, aonde meu coração pudesse me dizer que as flores vão voltar a florescer.

Os dias estão sendo contados, os segredos e todas aquelas juras de paixão, não me deram a chance de insistir que poderia ter um final feliz.

Existindo no final de uma estrada, esperando um trem carregado de pessoas, cair na minha ribanceira. 

Eu sei que em algum momento deixei de pensar claramente, mas a única coisa que parece compreensível é que talvez eu já estivesse lúcida demais para entender minha loucura.

Estou procurando aquela rainha de copas, em uma carta de insanidade, isso é deprimente.

Ei, hoje pensei em você, mas de uma forma diferente.

Era um quem estava dentro, regozijando as minhas memórias, os olhos inchados de chorar.

Queria muito que você pudesse ver os meus pedaços, mas você está se ocupando com outro de mim.

Acho que está na hora de eu partir...